quinta-feira, 28 de junho de 2012

Produção de verbete: Aldeia Global


A nova interdependência eletrônica cria o mundo à imagem de uma aldeia global.
Marshall Mcluhan


Termo cunhado na década de 60, pelo professor universitário canadense, Marshall Mcluhan, é uma metáfora para a interligação mundial construída com base no uso dos meios de comunicação, pois, para ele, a informação trocada virtualmente permitiria a quebra das fronteiras geográficas, permitindo a existência de trabalhos remotos entre pessoas. 


A aldeia dos nossos antepassados, espaço pequeno, no qual todos se relacionavam e na qual as notícias eram passadas rapidamente, é o modelo que Mcluhan desenhou para sua aldeia global: na qual, todos, em qualquer parte do mundo, podem manter contato via meios de comunicação.

No entanto, à época que Mcluhan produzia suas teorias a cerca da comunicação, o meio de comunicar-se que mais servia como exemplo de aldeia global era o rádio, inventado na década de 20. Ainda não existia a internet para possibilitar a verdadeira interação e comunicação, pois por meio dela, atualmente, podemos ler, escutar, ver, interagir e expressar oralmente ou de forma escrita nossas opiniões.

O profeta da eletrônica, como ficou conhecido tal estudioso, também via na aldeia global um aspecto pedagógico, adiantando o que só seria estudado a partir nos anos 90, com o nome de Comunicação e Educação: "Uma rede mundial de ordenadores tornará acessível, em alguns minutos, todo o tipo de informação aos estudantes do mundo inteiro".

Fervoroso inimigo da escola tradicional, Mcluhan já ilustrava como deveria ser a educação nos tempos da aldeia global: “Onde o interesse do estudante já estiver focalizado, aí se encontra o ponto natural de elucidação de seus problemas e interesses”.

E completa, sobre a tarefa do professor do novo tempo: “A tarefa educativa não é fornecer, unicamente, os instrumentos básicos da percepção, mas também desenvolver a capacidade de julgamento e discriminação através da experiência social corrente”.


É ilusório supor que existe qualquer diferença básica entre entretenimento e educação. Sempre foi verdade que tudo o que agrada ensina mais eficazmente.
Marshall Mcluhan








Livros do autor: Os meios de comunicação como extensões do homem; Revolução na comunicação; O meio é a mensagem; A Galáxia Gutemberg.




REFERÊNCIAS:
BIANCHETTI, Lucídio. Da chave de fenda ao laptop: tecnologia digital e novas qualificações, desafios a educação Petrópolis: Vozes, 2001.
Revista Educação (nº 46, 10/2001). Maria Isabel Moura Nascimento. GT: Campos Gerais-PR-Universidade Estadual de Ponta Grossa-UEPG
http://www.infoescola.com/geografia/aldeia-global/
http://www.histedbr.fae.unicamp.br/navegando/glossario/verb_b_marshall_mcluhan.htm


sexta-feira, 22 de junho de 2012

Afinal, recursos tecnológicos são simplesmente recursos, que podem ser usados para as mais variadas finalidades. Não precisamos deixar os jovens ilhados nos comportamentos aprendidos com os colegas e amigos. Ao interagir com pais, professores e outros adultos, ou jovens de outras “tribos”, eles certamente aprenderão muito, tanto em termos de conhecimento quanto em termos de atitudes.
 Betina Von Staa





 Hoje, iremos falar sobre Como usar as redes sociais a favor da aprendizagem, artigo originalmente publicado no site da Nova Escola. O desafio para o professor é: como entrar nesse espaço, visto primeiramente como lugar de entretenimento, para levar conhecimento, transformá-lo também em espaço de aprendizagem?



Adentrar o mundo virtual requer, antes de tudo, por parte do professor, domínio da ferramenta e o saber porquê utilizar, sabendo também o limite do que publicar em rede e de como se relacionar com os alunos nessa extenção da sala de aula.

Ao entrar nas redes sociais, o professor alarga as possibilidades de uso desta, juntando aprendizagem e conhecimento ao universo de diversão e comunicação. E, como nos diz Betina Von Staa na citação acima, para além da aprendizagem e conhecimento acrescentados, ocorre também a influência do ser professor na vida particular de seus alunos, não deixando-os ilhados no mundo virtual, mas sim construindo um novo significado para tal espaço juntamente com seus alunos.


Além disso, é de fundamental importância que sejamos educadores de um novo tempo (da multimídia, da sociedade da informação e da tecnologia), pois, nesse novo tempo, preparamos nosso alunos para o que virá, o futuro.








Assistindo ao vídeo Do papiro à tela do computador temos a noção do quão importante e vasta é a história da língua escrita, código que possui suas origens no antigo Egito, e, como a esfinge, pede-nos para decifrá-lo, do contrário seremos engolidos por ele.


Na terra de Cleópatra foi onde primeiramente colocou-se a escrita como disciplina escolar, treinada por meio da memorização e da leitura. Inventou-se lá também as formas de castigo corporal para punição de um erro do aluno, forma esta castradora e desmotivante, pois retira do erro seu significado de caminho da aprendizagem.

Já na Grécia antiga, em lugar das punições severas, encontramos a reescrita, mostrando-nos que o processo de escrita não é único e nem passível de castigos. 

Trazendo tal vídeo para a realidade do professor de língua portuguesa, vemos como é grande nossa responsabilidade, pois não basta ensinar a decodificar o símbolo gráfico, mas também ensinar o caminho de como utilizá-lo, como codificador e decodificador da sociedade. Não podemos esquecer que a primeira leitura será sempre das imagens.

E, como forma de mostrá-los participantes da história, transformá-los em pequenos filólogos, viajar com eles na história da língua portuguesa, da Galícia até os dias de hoje.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Boa tarde!

Hoje será a vez de explanar sobre o segundo vídeo Metodologia ou Tecnologia? 

Sua primeira cena mostra o método antigo de decoreba da tabuada na escola, aplicado sem distinção entra alunos ou turmas. Surge então um ‘vendedor’ da nova tecnologia, fazendo propostas de uma escola nova com base em ferramentas modernas, e mais blá blá blá ... O quadro-negro sai e entra a tela e o projetor, no entanto, o método decoreba continua o mesmo... 
Percebemos então que não basta termos acesso às novas tecnologias apenas, mas também temos a tarefa primordial: o saber como utilizar, de forma plena e crítica, tarefa esta que possui como instrumentalizador o professor.
Olá, queridos colegas,

Meu primeiro post será sobre o vídeo Educação em rede:

Ele possui como cenário de abertura uma escola tradicional, como pouco estimuladora para a aprendizagem dos alunos, personificando isso no aparente desinteresse deles (dormindo ou brincando em sala de aula). Em seguida há a inserção da pergunta “Mas será que a educação mudou?”, e, como resposta, temos a mudança do cenário: sai a sala de aula e entra um campo aberto, onde os alunos estão alegres, diferentemente de quando estavam na sala de aula. Agora eles estão conectados com o mundo, dando a ideia de que podem estudar, na verdade se conectar, em qualquer lugar. Após isso aparece a imagem de pessoas felizes e próximas umas das outras e todas com livros nas mães, sejam elas operários ou empresários. Isso seria o marcador do tal aprendizado em rede. 

Para finalizar, surgem as expressões, uma de cada vez: Novo tempo/ novo ensinar/ novo aprender: como se o uso das novas tecnologias na escola perpassasse por questões de adaptação.